quinta-feira, 11 de março de 2010

FESTIVAL LUMIERE - 6/3/10

Eu não imaginava, mas o show ia começar muito antes que eu esperava.



Sexta-feira, quando cheguei à BH, Jubão já ligou na pilha falando em levar o megafone, falando do horário que íamos chegar à SP, fantasiando o show e instigando-nos sobre o que estava para acontecer na cidade de Pindamonhangaba ( eu até brinquei com os meninos de Mogi das Cruzes que eu achava que nem existia essa cidade e que parecia uma piada, mas...)

Mais tarde Jubão me ligou de novo e falou que o Cris parecia mal, e aquilo me deixou receoso sobre o que poderia esperar de um show, onde um dos integrantes poderia estar chateado.

No fim da noite ainda da sexta, a secretária da PUC me ligou avisando que não teríamos aula no sábado pela manhã e isso fritou um pouco, porque eu tinha comprado uma passagem mais tarde e mais cara do que as passagens do Diogo e o Jubão, para estudar, mas a enrolação da facul me "entubou"... Teria que viajar sozinho! AFF

No sábado troquei as cordas da guitarra, limpei-a calmamente até a deixar brilhando, porque mais do que um show, seria o reencontro depois de um mês longe dos amigos e longe da música (minha grande paixão)...Troquei as músicas do mp4 e como trilha sonora além das influências (dredg, Oceansize...), tinha as trilhas para pensar na namorada, porque mais do que nunca eu queria estar com ela (na segunda comemoraríamos 2 anos de namoro).

O voo saiu potualmente às 15:00 e rapidamente estava em Guarulhos, dentro de 30 minutos, Henrique, Tânia, Thaís e Cris (fiquei surpreso quando vi os dois, mas achei bom) chegaram e rumamos à Pinda.

De Queens of the Stone Age até as piadas e longas gargalhadas durante a viagem, foram aproximadamente 2 horas de viagem até chegarmos a casa do José Ronconi, vulgo "Zé", que nos recebeu com muita hospitalidade.

Rumamos até o local do show!

Um pub muito bacana com uma área aberta para quem quisesse curtir o friozinho daquela noite, curtir as ruas um pouco rústics da cidade e uma área interna com um palco pequeno, mas muito bacana, uma guitarra sendo sorteada e um barzinho que vendia uma diversidade de cervejas, nunca tinha visto aquelas marcas.

Quando acomodamos as nossas coisas num quartinho reservado para as bandas, ficamos um bom tempo em banda conversando sobre a vida, sobre os projetos da banda, sobre as nossas posturas, nossas ações e sobre o repertório, a verdade é que estávamos com saudade uns dos outros, e aquela conversa foi uma espécie de terapia e grupo, que no fim da noite daria um resultado maior.

O Quarto Negro (http://www.myspace.com/quartonegro) começou bem cedo e terminou bem rápido, eles teriam outro show em SP, mas foi surpreendente, a banda tem muita energia e as músicas são um pouco dançantes, o teclado no som deu, na minha opinião, uma sonoridade que a diferenciou de muitas bandas indies do mesmo estilo.

Logo em seguida tocou a banda Vício Primavera (http://www.myspace.com/vicioprimavera) que demonstrou influência da boa música brasileira, como Chico Science e Nação Zumbi, um pouco de Arnaldo Antunes, reggae e muita distroção e presença de palco. Gostei muito do vocalista da banda, Michel, e sua postura de frontman carismático, que convida o público e participa ativamente da festa. Grande apresentação.

Quando Maquiladora (http://www.myspace.com/maquiladorayeah) foi ao palco além dos namorados babões (Cris e Zé) estavam os amigos babões que ajudaram na montagem dos instrumentos, acompanharam a passagem de som atentos e eu ainda me atrevi a pedir a Andréia: "toca Too Much Wine" que foi executada na parte final do show com uma energia que põe muito marmanjo de boca aberta. É até complicado falar das meninas, porque além de amigos somos fãs e cada show reserva uma surpresa diferente, é uma energia diferente, porque quanto mais me familiarizo com as músicas, mais me sinto a vontade e envolvido pelo som fervente das meninas. O Henrique no baixo deu à banda uma sonoridade muito mais interessante...Parabéns, camarada!

E então já vamos nós (http://myspace.com/bandacurved)! Antes de subir, é o nervosismo, é a conversa, o abraço e é o grito de guerra: PULAR, GRITAR, SUAR e SANGRAR e desta vez era mais do que uma proposta, era a nossa honra que estava posta a prova.

Montamos os instrumentos, passamos o som calmamente, mas quando a lapsteel soou aguda, a calma foi deixada de lado e fomos tomados por uma euforia que a cada pulo, a cada nota tentávamos enfeitiçar o público com a energia que estava explodindo em nós durante a execução das músicas.

Quando a microfonia soou alta e Diogo chamou "Action/reaction" faltou palco para tanto pulo e eu quase (como sempre) caiu sobre a bateria. Eram gritos raivosos, guitarras distorcidas, baixo pulsante e a bateria agressiva, mas desta vez também técnica do Diogo que ditaram o ritmo deste momento para frente.

"Reaching Mogee" estava para ser executada e nada melhor do que compartilhar esse momento com as pessoas que inspiraram a criar desta música, o pessoal de Mogi das Cruzes, e desta vez não decepcionamos a música funcionou como nunca e tê-la emendado à Shape parecia tão perfeito que deu até vontade de pular nos refrões. Foi ótimo!

Quando tocamos "Laura After", para mim foi o aúdio do show, a música tinha energia sobrando e nós estávamos precisando descarregar mais energia do que nunca... Quando entramos no último refrão quis ignorar o microfone e pular na galera, mas o bom senso me segurou.

Dai foram três pedradas: "Ain't no Fashion Enough", "Specially for You" e "No Pain, No Gain" quase em sequência, onde mesmo quase esgotados, sobrou suor e sangue (meu dedo ainda machucado, para variar).

O show acabou, eram muitos abraços, elogios e comentários...Foi um show especial, mas ainda tinha o Seamus.

O Seamus (http://www.myspace.com/sseamus) estava jogando em casa, e como todo bom time não decepcionou a torcida. O que me chamou a atenção foi que no fim, mesmo quem não era da cidade, como eu foi encantado por aquela sonoridade crua e visceral e pela postura dos integrantes da banda que em alguns momentos me lembrou R.E.M.. Cara eu fiquei impressionado com o que eu estava vendo e a cada música, eu ficava cada vez mais interessado e hoje quando ouço o disco da banda, sinto por não tê-las conhecido antes para poder cantar junto com o público que parecia enfeitiçado pelo trabalho daqueles caras!

Porra! que show do caralho! Foi um dia especial e há tempos eu não me sentia tão bem.

No domingo acordei cedo e rumei para casa. Fica no coração a saudade da cidade e da viagem, mas sei que não vão voltar oportunidades.

Eu só espero que isso aconteça o mais rápido possível e que as nossas namoradas e amigos como o dono deste blog estejam presentes, porque vocês são parte do nosso show!

ROCK ON!!!!!!!

João Coelho, dia 9 de março de 2010

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Puxa vida, como eu queria estar ai pra compartilhar, parece que foi fodástivo esse momento!
    Parabéns pra todos os envolvidos, como sempre falo, ''Ô galerinha virtuosa!''
    Saudades mil de todos!

    Sucesso e um bejim bem mineirim pro cês!

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