Fotos: Regis Vernissage
Aí que dois amigos nossos, lá de Belo Horizonte, estavam aqui em GothanCity e toparam ir com a gente lá pra São José dos Campos. Um deles é o Adriano, que canta nos Repensadores, banda de lá de BH e que tá na labuta divulgando o trampo que lançaram recentemente, um disco bem bacana gravado no esquema jam-session liga o gravador e vai. Classe! O outro conhecemos lá na hora – perdão brother, as doses etílicas me fizeram esquecer vosso nome – e que toca em uma banda de blues. Tuto bonna-gente.
A viagem foi sussa. Ligamos nosso Jorge-GPS-Jordão e quando vimos já estávamos na Hocus Pocus. Lá encontramos nossos anfitriões do Seamus – que nos brindaram com o tão esperado disco novo. Coisa linda de Gizúis, viu? – e as Maquiladoras (e o Henrique também, claro) e sua simpatia desconcertante. Fora diversos amigos que sempre nos dão o privilégio da sua companhia, tipo os caras do The Vain, o Vinicius Roman Field, o Wellington Dias, Stéfano, Regis (da ótema Jane Dope!), Fabrício Brizon (Social Distortion mothafucá!!!!) e muito mais gente. Aí jogamos os amigos de BH no meio do povo e o Adriano já foi se agilizando e jogando o cd nas mãos do povo. Tá vendo, é foda, como já disse um amigo nosso certa vez, que culpa a gente tem de ter amigos talentosos?
Aí que um pouco antes da meia-noite as Maquiladoras começaram o seu show. Todos rumamos pra dentro pra ver de perto o que aquele povo ia aprontar dessa vez. Teve músicas novas e uns sucessos absolutos que já estão na boca do povo que acompanha as Maquilas. E aí que o Bequadro Mortarda – que diga-se de passagem é um coletivo repleto de gente suspeita – na figura onipresente de Regis Vernissage, fez umas resenhas fudidas das novas canções e do novo disco, cola lá. Enfim, foi mais um show do senhor caráleo. As gurías tem a mãnha. Tá no sangue, saca? Cheio de gente cantando e filmando e batendo foto e rodopiando e balançando a cabeça. Cheers!
Depois fomos pra fora pra fumar uns cigarretes e beber umas cervas e uns drinks, antes de ir ver os Seamus, que seria a segunda banda – já que democraticamente (e sem a nossa presença, no caso) eles escolheram que os Lacarnes iriam fechar a parada. Da próxima haverá retaliações, fuckers! Hahaha
Quando o Seamus deu os primeiros acordes o povo lá de fora já se jogou pra dentro do salão. E aí amigo, aí foi aquela coisa que sempre vemos nos shows desses caras, gente pedindo sons, berrando os refrões arrasadores, dando socos no ar e inevitavelmente invadindo palco. Quase fiz isso em “A Year Without Breathing”, mas me contive e preferi ficar no meu canto ouvindo aquele arranjo, um dos mais belos dos caras, sem sobra de dúvida. A situação ficou mais incontrolável em Blame, quando até o Linari foi lá e representou a parte osasquense fã dos Seamus. Aí, os fuckers, na hora que acabaram o show, ainda tiveram a pachorra de nos presentear com uma versão de “Decida”, do nosso Granada. Emocionante é pouco pra descrever. Obrigado félas!
Depois era a nossa vez e sumimos pro camarim. Um gole de quente, um cigarrinho, um setlist na
No camarim, descansando os esqueletos junto com o Zé, a Andrea, o Regis e os trutas de BH, ficamos relembrando histórias dos primórdios de cada um, situações bizarras, vexames, roubadas e os eternos constrangimentos que todo mundo que toca já teve de passar com família e trampo e tals. Mas, a despeito de tudo isso, sobrevivemos, nénão? E olha, a gente chegou a uma conclusão - seja lá o que signifique isso a essa altura do campeonato -, a idéia é: não se leve a sério demais. Tudo vai ficar bem, já dizia o poeta.
Um brinde, fuckers!
fonte: http://www.lacarne.com.br/show_hocuspocus2010.html