quarta-feira, 21 de julho de 2010

RESENHA: FESTIVAL LUMIÈRE @ CB BAR – SAMPALAND (17.07.2010)


Encontro de 10 cabeças na pracinha mogiana, estrada onde tudo era motivo para risos, histórias degenerativas em geral e uma fome já abastecida pela vontade de comer, foram os quitutes iniciais desta grande partida de futebol roqueira na cidade que não é New York, but never sleeps. Antes de começar devo dizer que, a priori, esta resenha não trará menção a nenhum nome devido a certas “críticas” que andei recebendo por frequentemente citar fulano, cicrano e beltrano (um graaande beijo, FM dear! kkk). Pois bem, após um rápido esquenta na casa do Discotecador oficial do BM, com direito a um suculento prato de penne ao salmão e limão (com uma variável ao brócolis e molho branco), aproximadamente 15 seres humanos bonitos e saudáveis deslocaram suas panças cheias e suas cabeças já tresloucadas de vinho - bem, a minha estava - em direção ao CB Bar, descolado pico modernete sito à Barra Funda, lugar de gente que não quer ir à Augusta hoje e pelo jeito nem quis no último sábado.


Aí veio aquela coisa de praxe: passagem de som e muito papo com amigos que chegavam (em especial com os “cada-vez-mais-incríveis” brothers Lacarneanos... os caras são tão brandos e gentis que dá até raiva! Inclusive eles também fizeram ótima resenha da noite que pode ser conferida aqui) como também todo o povo que aterrisava em bando, tipo vespeiro repleto de vuvuzelas incondicionalmente sedentos por mais roquenrol, vindos de várias partes da grande megalópole alucinática (salve Espasmos!) e com uma boa parcela expatriada de Mogee dos Creizes inclusive, enquanto os diletos Fotografistas colaboradores do BM colavam nas paredes coloridas do corredor de entrada do night club paulistano seus belos trabalhos fotográficos, o que destacava logo de entrada a beleza proporcionada por um Festival Lumière.



Como se tratava de uma Happy Hour com horário previsto para término (pra não dizer matinée), resolvemos começar a história às 19h30 de cara com a putinha da JANE DOPE. Agora que a bisca vadia tá de 4, anda insaciável. Tomou mais vinho que deveria e devolveu-o à atmosfera. Mas a gravidade do planeta fez com que o vinho expurgado ao alto descesse e espirrasse de volta em seus pés, como aquela arte moderna de pintor desconhecido situado no sudoeste búlgaro. Como a moça da bateria que canta vários sons não estava com a voz boa para cantar, acabou sobrando pro carinha esquisito que faz os ruidinhos e barulhos-afins de cantar as linhas dela inclusive. No começo ele até segurou bem, mas no final sua voz não agüentou não e dá-lhe berreiros! (melhor que “Barretos”, dizaê!). A outra moça do baixo, sempre elegante, tava soltinha, soltinha e o rapaz altão da guita mandou ver no ótimo PA que a casa oferece. A imagem kitsch da apresentação foi um EP da Jane voando no ambiente. O set que a puta descabaçou alguns grandes amigos foi bem compacto e dinâmico, pois na sequência...


La Carne... Oh! LA CARNE... O que mais dizer sobre estes caras? Privilegiadas foram as aproximadamente 50 pessoas que lá estavam para sentir na pele o estrondo monumental que foi o set deles neste Lumière... Não importa se o lugar é muito ruim ou muito bom, se o som da noite está embolado ou extremamente nítido, se a freqüência da galère é pesada ou bacana (o CB Bar coincidentemente se encaixa aqui em todas as segundas opções), o que importa é que onde estes caras põem o pé, o povo descontrola! Claro que ainda temos alguns “críticos de plantão” (meda) que ainda perdem tempo pra analisar o que é uma performance do Laca, porém, dó nos dá deles de ainda não terem entendido que o Laca é simplesmente a maior banda underground do Brasil, e desafio aqui nos comentários a um rápido quiz quem disser o contrário! Quem Aqui, Contra Corrente, Decida, Granada, Blues dos Seus Absurdos (matadora!) e Vergonha na Cara, com direito a invasão de palco de empolgados roqueiros de plantão, não me deixam mentir.


Na pausa que o incendiário discotecário lançou entre uma e outra bitoquinha, coisas tão sublimes como PJ Harvey, Dinosaur Jr, Ludovic e Hierofante Púrpura preparavam nossos já dilacerados corações para o momento que se fazia por acontecer nos próximos minutos. Como uma tragédia anunciada, sabíamos que seria o último show da incrível Thaís Naomi (o nome dela eu falo, falo, falo e falo!! Hail Thaisera!!) no comando da guita solo da MAQUILADORA ao menos no próximo ano e meio... A mina, talento da porra que tem, descolou “só” uma vaguinha na “Berklee College of Music - simplesmente o melhor lugar onde se pode estudar música no sistema solar” e já tá embarcando pra Boston no próximo mês. A emoção nos olhos da Maquiladrummer, da Maquilasinger e do Maquilabass – vulgo “Depila Ela” – era notável. E nos olhos de quem sabia, também. Não foi triste, pelo contrário, foi uma puta apresentação cheia de energia (Maquiladora típica) onde era nítido que cada um tava dando o melhor de si e curtindo aquele instante como se fosse o último de suas vidas, quando na verdade é um recomeço provisório, pois em 1 ano e meio tudo voltará a ser como a Maquiladora foi nesse show: demolidora!


E resolvendo a história toda, os simpáticos rapazes do MILOCOVIK (que, segundo consta, fizeram um sucesso incrível perante os olhos da mulherada presente – Atenção moças, acalmem-se! Alguns são casados! rs) mostraram pra galera que também estavam muito afim de instalar a diversão no recinto, além de, claro, se divertirem pacas no palco do CB. Fizeram um ótimo set dançante calcado nos sons de seu recém lançado Sexpack com direito até a uma versão bacanuda para Reason is Treason do Kasabian, além de invasão de palco do discotecário que aparentava estar semi-beubo, tipo assim, saca?!


E foi para o ap deste último mesmo que o êxodo (ou excursão, se preferir) partiu logo após as atividades Lumièrísticas se encerrarem no CB. Nas horas que seguiram, podemos citar vários pontos interessantes que se sucederam: pizzas pepperonescas, gente caída no tapete e na mesa e no quarto e no computador tendo visões de Mojica e Bowie ao fundo, cozinha congestionada pelo fluxo de cervejas e (mais) vinhos e cigarretes e docinhos, além de amenidades e curiosidades trocadas com queridos que restaram da história toda, que dividiram comigo cenas bizarras de fim de noite, tipo a session de “soco na lata” que o taxista da augusta levou após ameaçar passar sobre o pé do pedestre enfurecido e nitidamente alterado, e como também a batida fenomenal às 5 da matina do veículo que, inconsolável, arrebentou a traseira do carro que parou na sua frente ao descer no gás a consolada Consolação, que certamente não lhe serviu de consolo. Cenas da noite, enfim.

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ASSISTA AOS VÍDEOS!!

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5 comentários:

  1. É, tudo foi muito simplesmente foda ... haha' Obrigada galera por serem foda! ^^
    Beijão!

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  2. Faaala galera!

    Fiquei zoado e não pude colar.

    Tamo junto

    Ass: Rick

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  3. Foi pra ficar na história!

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  4. digo e repito: thaisera deixará saudades em nós, pobres roqueiros...

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