Texto: Regis Vernissage
Fotos: Nynona
Pois é mermão, você que pensa que é fácil essa vida de coletivo, digo-lhe de cara que estás redondamente enganado... Nunca passamos por tantos imprevistos e pepinos como nessas últimas duas edições do Lumière. O de Pinda já foi descrito aqui embaixo e, no final, tudo deu certo. Pois bem, o de Mogi, já marcado há pelo menos uns 3 meses para acontecer na Divina Comédia, viu tudo evaporar-se quando recebemos a notícia na terça-feira passada que o Alê havia quebrado o tornozelo num kick flip reverse e infelizmente não teria condições de abrir a casa (alô Alê! O BM te deseja melhoras, querido!), então para mantermos a agenda de pé e honrarmos com as bandas, corremos para nossos incríveis parceiros do Selo Sem Sê-lo e fomos abruptamente bem recebidos de forma que o Festival ocorresse sim em Mogi, porém no mais bacana rock bar da cidade, o bom e velho Campus 6.
Com apenas 60% do coletivo presente (Henrique e Thânia estavam em viagem), eu, Andrea e Zé fomos surpreendidos pela insaciável boa vontade dos irmãos Odorizzi João, Elmo e Eder que revezavam no bar, além da shoozona Nanda Azevedo e do nosso cartazeiro oficioso Gabz Ronconi que deram uma puta força no controle da entrada. E sem contar o guerreiro fotografista KBÇA Corneti que, através de ônibus e trem, veio sozinho lá da Freguesia do Ó apenas pra montar a exposição de fotos dos nossos parceiros retratistas. Essas pessoas foram essenciais para que o Festival rolasse de boa, sem elas não seríamos nada! Toda palavra aqui parecerá pouca para agradecer tudo que fizeram, vcs são foda!
Com um inovado mapa de palco desenvolvido pelo graaaande Eder, as bandas ganharam maior espaço no palco do Campus e houve ainda uma melhora notável no som sendo que os amplis viraram retorno e todos se ouviam com grande nitidez. E foi assim que os paulistanos da The Walkie Talkies, capitaneados pelo gente boníssima Renato Ribeiro, mostraram pela primeira vez ao público mogiano seus ótimos sons de referências pós-punk, revestidos em características dançantes dos anos 00 no melhor estilo Franz Ferdinand, The Bravery e The Fratellis, que acabou agradando várias pessoas que inclusive pediam cds pros caras. Pena que ainda não possuem (a banda é relativamente nova), mas quando tiverem material pronto, podem voltar carregados pra Mogi sem medo, pois certamente a gurizada irá cair de ouvidos!
A essas alturas já havia uma grande parte de rostos conhecidos da tal cena mogiana no local, dentre os quais se destacavam Dan Sevali, Athos Araújo, Zelenski, Phael, Alê Lima, Erik Cardoso, Giovana Machado, Aninha Tomeh, Gummercindo, Duda Citriniti, Felipe Lima, Rafael Gomes, Marcelo Menezes, Vitor Leonardo, Maurício “Grilo”, Natacha “Natty” Galvão, Diego, Cícero, a incrível e sempre saltitante Camilona, além das amadas, lindas e queridíssimas Claris (sim, ela veio!) e Nynona, que assina aqui todos os retratos da noite.
Todo esse povo mais uma galera considerável presenciaram uma apresentação rasgada e cheio de gás dos fellas do Conte-Me Uma Mentira que abriram de cara com Fogo No Céu, já visível e completamente satisfeitos com os seus amigos!! Jel, Caio, Thiago e Pablito tocaram com muito feeling e tesão sons do disco “O Vôo do Pássaro” e demonstraram estar se divertido naturalmente em cima do palco em dia inspiradíssimo. Apresentações do C1M serão sempre diversão garantida pra quem sabe e curte o que é a essência do rock e quem tava lá não me deixa mentir (com o perdão do trocadilho).
Colado neles, a Jane Dope subiu ao palco em sua nova formação “de 4” e mandou um set baseado no que vem tocando durante a divulgação de seu primeiro EP (que parece ter-se esgotado) com uma remodelação sonora já aparentemente adequada ao novo formato. Eder e Regis (este vestido de advogado indie, disseram) finalmente se entenderam nas guitarras enquanto Andrea e Nanda continuam na cozinha, fazendo ótimos quitutes, docinhos e comidinhas afins para a puta exacerbada, louca, insana e cheia de amor mal compreendido para dar pra quem quiser... enfim comer.
Fechando o Lumière Mogi do inverno de 2010, os paulistanos da Up Brothers guiados pelo vocal e colaborador do BM Rick Renan também fizeram seu debut na cidade do caqui, da festa do divino e dos cogumelos shimejis, mostrando um trabalho sólido através dos sons lançados em seu primeiro EP entre eles Ana, Uma Espera e Quem Foi?, que remetem bastante a bandas como Silverchair e Incubus, além de um som novo cantado em inglês, que parece ser o primeiro deles na língua de Shakespeare. Tanto a Up Brothers quanto a The Walkie Talkies tiveram ótima aceitação e foram super bem recepcionadas na cidade, o que deve provocar uma volta delas em breve a estes confins alto-tietênicos.
Apesar da semana tensa e da pouca divulgação feita justamente por causa dos empecilhos ocorridos, conseguimos (graças à força imprescindível do fiel público mogiano e aos combatentes do Selo Sem Sê-lo) fazer com que o resultado final fosse positivo para as bandas e, mais uma vez, nós do BM nos sentimos realizados fazendo aqui na cidade o que tem que ser feito: sendo uma engrenagem na circulação das bandas, levando as locais para fora e trazendo as de fora para cá, ou seja, um simples intercâmbio cultural funcional. Nada mais justo após isso tudo então, que queimar um papinho e fazer um pistop no Habib’s para um lanche mata-larica-monstra, muitíssimos bem acompanhados pelos não menos guerreiros Renato Gimenez (da infernal Vincebuz) e Cris Tavelin (da revivida Drama Beat e colaboradora BM) que tiveram a moral de sair lá de Sampa pra “dar uma passadinha” no Campus 6. E aí, tens a manha de cair nesse braço de ferro, mermão?
Ótima resenha, adoramos tocar com vocês e queremos mais! abraços dos walkie talkies!
ResponderExcluirah, tem mais fotos no: http://www.flickr.com/thumbzz
ResponderExcluiradorei a nova formação da Jane (pô, de quatro? tá destruindo a reputação da banda Regis-aloka)
ResponderExcluirMas falando sério, Eder chegou mandando muito bem ;)
E vcs são muito queridos, sempre vale a pena ir fazer a fina aí em mogi, tomar uns drinks e ouvir um som!
O show foi muito bom, o rolê também. Sumemo, 'bora andar pra frente que atrás seeeeempre vem gente!
ResponderExcluir:D
A Jane disse que adorou a frase da Gi: "atrás seeeeempre vem gente!" RsrSRS!
ResponderExcluirpor isso que "de 4" é seeeeempre mais gostoso!
ResponderExcluir=P