segunda-feira, 4 de outubro de 2010

RESENHA: MAQUILADORA & JANE DOPE EM BELZONTE – 02/10/2010

IV BH INDIE MUSIC NO MATRIZ
Texto: Regis Vernissage

CENA 1: A PREPARAÇÃO

12h. Foi em frente ao Yázigi em Mogi onde me encontrei com o Henrique Resek sábado último, nublado, típico do início da primavera. Foi na casa do mesmo que pegamos Thania Deise, sua mochila e os formulários de justificativa que teoricamente necessitaríamos para o domingo vindouro. Foi no caminho para Suzano que tudo parou pela primeira vez, por causa do asfalto recapeador e, por que não, eleitoreiro. Mas essa informação a gente procura abstrair. Quase 1h depois, chegamos são e salvos e sem quaisquer sinais de piche para pegar Andrea Marques e Zé Ronconi. O Coletivo Bequadro Mostarda estava pronto para seguir estrada rumo a Belzonte, mas quem iria tocar era Maquiladora e Jane Dope, ambas em trio. Sacou?

CENA 2: A ESTRADA (Parte I)

13h30. Chuvinha fraca & tempinho bunda. A rádio que noticia (do verbo ‘noticiar’) o trânsito avisa logo de cara que uma carreta tombou na Fernão Dias, mas a gente é rockeiro teimoso e tudo corre suave até Mairiporã, onde damos de frente com a tal carreta sendo desvirada pelos amarelinhos da concessionária. Visão ácida que causou a segunda parada. Vimos até um “minduim” (designação mineira para ‘policial’) da rodô federal ali em cima do morro intencionando talvez brincar de escorrega no papelão morro abaixo, vai saber. 15h no relógio, muito bate-papo e bom som fizeram a trilha sonora da última ligação recebida em território paulista. Tratava-se de queridíssimos bêbados da noite anterior e groupies tresloucadas da Jane e da Maquila que insistiam na boa e velha máxima: “Boa Viagem e vão com cuidado!”... é muito amor PLOC PLOC agregado, coisa linda. Alguns postos adiante, conversas sobre artistas (e seus cigarrinhos), vinhos, muitas risadas e alguns planos para a dominação do (sub)mundo foram tema constante da “road trippin with my favourite allies”. Quando a companhia é boa, a trip é agradável e não haveria como ser diferente. 21h foi o horário em que já estávamos na Av. Amazonas rumo ao Bar Matriz, na aprazível Belzonte.


CENA 3: A APRAZÍVEL BELZONTE
A aprazível Belzonte, cidade ampla de amplas ruas, grandes árvores e belíssimas mulheres, nos recepcionou com um calor de 25° às 21h30 e ao parar o carro no sinal vermelho, já em frente ao pico, eis que um corpo magricelo cheio de decalques, mini alargadores em ambas orelhas e um cabelo curtinho de tonalidade amarela se joga LITERALMENTE para dentro do carro através do vidro aberto do condutor Henrique, soltando um grito nada contido. Pelas características do rapaz, descobrimos imediatamente que se tratava do incrível Cris Lima, que foi nosso host e guardião durante nossa estadia na cidade. Imediatamente estacionamos o carro, descarregamos o necessário, e seguimos o Cris para uma (digo duas, digo três) cervejinhas num barzinho logo ali. Na volta pro pico, aparecem os não menos incríveis Mari e Jubão com sua guita a tira colo e que havia feito níver no dia anterior e ganhou de presente da puta até uma garrafa de merlot chileno. Mas isso não ia ficar de graça não, ia ter que chupar a puta, mermão...

CENA 4: IV BH INDIE MUSIC NO MATRIZ

A noite terminaria e começaria com bandas locais. A Bilbel que fechou a noite fez um som bem calmo e melódico remetendo a Doves e Verve e a Pão de Queijo On The Road (nome genial) que abriu a noite, brincou com influências regionais de vocais em português e inglês e que agradou bastante com seus 6 integrantes e sua grande flexibilidade rítmica. A segunda banda foi a ótima Babi Jaques & Os Sicilianos de Recife que deu um clima “Poderoso Chefão” ao ambiente, não pelos sons quase que ‘jazzados/rockísticos’ mandados por eles, mas pelo visual impecável de seus integrantes. Coisa fina. E na vibe Alto-Tietê tocaram coladinhas as 2 bandas suzanenses convidadas: as mogianas Jane Dope e Maquiladora, tudo em power-trio.

O set da Jane Dope teve algumas surpresas – sim, a puta foi carregada de preservativos pra Beagá: logo no início do set a cena bizarra da noite: um ser “popozuda” apareceu bem no começo, no meio da gurizada, rebolando passos funk descarados e roçando o “popozão” na barra que dividia o palco da galera... disseram que a puta (no caso, a Jane) teve orgasmos múltiplos com a cena da popozuda, mas devo ter perdido essa parte... boa surpresa foi o primeiro show com o novo baixista Zé Ronconi (na verdade ele é um puta baterista, mas o menino anda respirando outros ares) que segurou de boa a parada toda com uma suavidade natural de dar gosto pra mamãe. Outra parada muito legal que rolou com a puta foi o convite feito, lá pelo meio do set, ao nosso brother Juliano Jubão (leia-se Curved, Coletivo Pegada) pra subir no palco com sua guita pra fazer junto conosco a HAT e da Sadness, uma participação especialíssima assim tipo presentinho de níver. Taí Jubão, chupou a puta gostoso! Ficou pra história desde sempre...




Já para a Maquiladora, tocar pela 4ª vez em Minas foi a própria tranqüilidade imperante e a certeza de que todos que estivessem distribuídos pela casa, ficariam na beira do palco babando pela beleza musical proporcionada por Andrea, Thania e Henrique – esse power-trio infernal que rodou mais de 650km pra chegar em BH e teve a manha de fazer um set apenas com músicas novas (digo e repito: MUD é a próxima Too Much Wine!), mesmo tendo uma discografia de 3 cds nas costas. É claro que a Thaisera faz falta pra caraleo (dizaê, Cris!), mas enquanto ela estiver na Berkley, esses 3 guerreiros do rock vão continuar dando seus pulinhos e encantando todos ao seu redor, fazendo com que todos lhe sigam no melhor estilo “Flautista de Hamelin”.



4h30. Fim de festa, empanturrados de lasanha e coca-cola (Malu Aires, a idealizadora do BH Indie, nos tratou muitíssimo bem, obrigado, e publicamos aqui nossos mais sinceros agradecimentos) rumamos para o Formule 1 aonde uma dezena de coisas iria ainda acontecer até umas 7h: check-in & check-out Maquilático com 2 putinhas “convidadas” pra subir no quarto, participação tardia de Serginho Mallandro, rá! em banho noturno, estrondos do trovão que impediu o sono coletivo, socos na parede indignados de uma mente cansada e o feto de ET abortado pelo nariz privada adentro... cenas corriqueiras, enfim.



CENA 5: JUSTIFICANDO A OBRIGAÇÃO & A ESTRADA (Parte II)

Nosso guardião Cris “sem-ele-não-seríamos-nada” Lima bate na porta do hotel avisando que são 11h e que o corpo precisa levantar, pois é dia de votação. Mas ninguém dentro daquele quarto queria escolher presidente, senão dormir. Enfim, além de procedermos à obrigação cívica (ah, como foi bom justificar na pré-UFMG...) nosso incrível guardião nos levou ainda ao Shopping Cidade, em reforma, para um almoço dos sonhos no Granel, uma das melhores comidas de shopping estourado de todos os tempos! Mas como tudo que é bom acaba, já eram 15h e tínhamos ao menos umas 7h de estrada pela frente, contando com o pitstop obrigatório na vaquinha. Como foi muito bem explicado pelo Henrique em post no fotolog da Maquiladora, a vibe na estrada seguiu sua excepcional previsão:

Henrique - na posição em que podem ver aí (sim, dirgindo).

Andrea - Às vezes introspectiva, às vezes falando, com sua fiel companheira, a "bombinha Alenia", enfim: Andrea!
Regis - Excelente companhia para uma viagem dessas! 14 horas ininterruptas de constantes conversas incessantemente intermináveis até o destino final, no maior estilo ‘se eu não durmo ninguém dorme’.
Zé - Não vai dormir muito, mas se dormir, ouviremos o ‘Estrondo do Trovão’
Thania - ZZZzzzzzZZZZZzzzzZZZZZzzzzzZZZzzzz, afinal, não há Regis que a desperte!

4 comentários:

  1. Olá pessoas,
    Chegaram bem?
    Gostei demais da resenha da viagem =). Regis teve a manha de lembrar de todos os lugares.E se depender de mim sempre estarei com vcs nos shows, enganando a recepcionistas de hotel e tomando várias cervejas.
    abraços
    Cris Lima

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  2. Teve bom demais!!
    Em breve, seremos nós aí!!
    abs

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  3. O povo de Minas é sempre muito acolhedor e os companheiros dessas trips malucas são sempre os melhores!

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  4. Os dois shows foram fodasticos! E pensar que tem gente que acha que não da pra curtir um show de musicas que vc não conhecia previamente...

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